Fusca Lindo

Regular o motor Fusca

Regulando seu fusquinha: de ouvido e com uma chave de fenda!

Uma das melhores diversões, bruscamente tomada dos aficionados por automóveis, foi a famosa regulagem do motor do seu possante. Algum leitor pode até pensar: “Isso é coisa de velho…”. Não deixa de ser uma verdade, porque é a modernidade que nos impede de dar uma “reguladinha” na marcha lenta do motor de nosso carro.
Sim, caros amigos mais jovens, existiu tal prazer entre os motoristas mais velhos e ainda existe para os que têm os veículos mais antigos como hobby. E nesse caso não há idade envolvida, todos se divertem com a mesma admiração.
Mas por que afirmamos que a modernidade acabou com este prazer automobilístico? Porque os motores de hoje se regulam sozinhos por meio de inteligência artificial cada vez mais capacitada. Então, se você estiver procurando pelo parafuso de regulagem de marcha lenta do seu carro, um modelo da segunda década do nosso século, desista. Ele simplesmente não existe!
Mas no Fusca existe. Assim como no Opala e outros automóveis contemporâneos do velho e bom carro alemão. Escolhemos o Fusca porque é o mais simples, também um dos mais amados e serve de referência para vários outros da mesma fábrica, como a Kombi, Brasília e outras antiguidades (TC, TL, Variant, SP2 – raríssimo e muito valioso!).

Existem dois parafusos de regulagem. Um deles é o indicado pela chave de fenda na figura acima.
Passo 1:
Ligue o carro. Acelere o motor e gire o parafuso de marcha lenta com uma chave de fenda (é um parafuso de fenda bem evidente na frente do carburador e próximo ao cabo do acelerador) até o seu ouvido achar ser uma rotação alta (aceleração média).
Passo 2:
Aperte o parafuso de regulagem da mistura no sentido horário (o que está indicado na imagem acima), até que caia a rotação do motor. Reajuste este parafuso no sentido anti-horário até o motor parecer manso, ronronar, ou não mancar parecendo que vai morrer. Isso você vai perceber facilmente. Este é o ponto ideal.
Confira a luz do gerador no painel. Uma boa rotação desse motor deixará esta luz ligeiramente piscando, jamais apagada ou acesa totalmente na marcha lenta. É por isso que seu Fusca só carrega plenamente a bateria com aceleração média (acima de 700 rotações por minuto) o que deixaria seu carro acelerado e gastando mais combustível.
Veja acima, na esquerda, os dois parafusos de regulagem citados na matéria.
Essa é uma simples regulagem de carburador. Mas existem outros fatores para isso, como abertura do platinado e ponto de distribuição.


Fonte:maosaoauto.com.br

Defeitos em farol de Fusca

De todos os carros nacionais, o Fusca foi um dos poucos, talvez o único, que nunca modificou o esquema elétrico de seus faróis. Seja dos anos 60, 70, 80 ou 90, tudo é igual, variando em pequenos e quase imperceptíveis detalhes e também no acabamento, como a chave de farol que um dia virou tecla. Também a voltagem da bateria mudou um dia de 6 volts para 12, como é até hoje. Mas a fiação, lâmpadas, farol e relé, nada disso mudou por décadas. Este é um dos componente do charme do Fusca: quase sempre são idênticos em tudo.
Mesmo em modelos diferentes da Volks, como a Kombi, Variant e outros, o esquema elétrico do farol e suas peças são os mesmos do Fusca. Mesmo tão antigos, são extremamente duráveis e demonstram a brilhante tecnologia do período entre as primeira e segunda guerras mundiais. Naquela época de recuperação econômica (até para se fazer outras guerras) a indústria investia na durabilidade e isso incluía o setor automotivo.
Defeitos em farol de Fusca
Os principais defeitos eram em fusíveis, que, na maioria das vezes queimavam por caloria. Uma caixa de fusível de Fusca fixava os fusíveis por duas lâminas de metal, o que deixava aquele lugar muito quente. Por isso os primeiros fusíveis do Fusca eram feitos de porcelana e até hoje são conhecidos como fusíveis de louça, embora sejam atualmente fabricados de material plástico. Por ali acontece muito mau contato. Além de lâmpada queimada, os defeitos ainda podem ser: aterramento ruim ou bambo dentro do farol; chave de farol queimada e relé de farol com defeito. O relé é a peça redonda do esquema abaixo e faz um estalo alto quando é ligado ou transferido para luz alta. Ele fica dentro do “porta-malas” do Fusca em lugar bem evidente e tem um tamanho exagerado. Se chegar corrente nos terminais 30 e 56 (este com a chave de farol ligada) e nada acender, então muito provavelmente o relé estará queimado. Mas não é uma peça cara e ainda é encontrada no mercado.



Imagem: esquema12volts.blogspot.com

Para trocar o relé de farol do fusca, basta obedecer as numerações do desenho acima (redondo), desligando e religando – um por um – no relé novo. O terminal com a letra “S” é de fio um marrom que vem do comando de seta. Ele aciona , ou comuta, o farol baixo/alto quando puxamos a alavanca da seta. É a chamada chave de relampejo. Tudo da parte elétrica do Fusca é bem visível, embora pareça misturado e desorganizado. Mas com um pouco de atenção e cuidado o serviço fica bem óbvio e fácil.
Este é um relé de farol de Fusca

Fonte: maosaoauto.com.br

ESQUEMA ELÉTRICO DO ALTERNADOR FUSCA



Ligação do Alternador no fusca




fonte: www.4x4brasil.com.br


Como ligar farol de milha.

A origem da "energia" que ligará os faróis pode ser da tomada de 12V do seu carro ou acendedor de cigarros, o terminal 15 da chave de contato pro exemplo.
                                    Fonte: eletricavwar.blogspot.com.br



Como fazer uma lampada de teste.

Fonte: eletricavwar.blogspot.com.br/

Antes da caneta de polaridade os técnicos usavam a lampada de teste que simplesmente era uma lampada ligada a uma garra no seu negativo e uma ponta no seu positivo simples de fazer e é bem útil eu costumo usar as duas a antiga e a moderna  que é a caneta de polaridade.

Esquema pisca alerta alternado.

É colocar um pisca alerta alternado no VW ar ou qualquer outro veículo bastando fazer as ligações desse relé que será adicional caso queira manter o antigo ligado, a chave lig/desliga deve ter antes um relé para proteger o circuito pode ser de 10A conforme a potência das lâmpadas que queira usar (alguns ligam nos faróis e lanternas).

Ao ligar a chave o relé alterna as piscadas tanto na direita como na esquerda.
                                         Fonte:eletricavwar.blogspot.com.br/
                 

Diagrama de ligação para um farol de neblina.

                                           
                                                  Fonte: eletricavwar.blogspot.com.br/

Pela lei todo farol de neblina deve ter uma lâmpada piloto no painel informando ao motorista que o mesmo se encontra ligado.

Descrição: o fusível alimenta o relé mas pode ligar na chave de contato da ignição ou mesmo quando ligar as lanternas do carro, se for ligar nas lanternas ele somente acenderá quando a mesma estiver ligada (claro) e isso evita que a mesma seja ligada durante o dia, então ao invés de ligar o fusível no positivo da bateria ligue no positivo do acendedor de cigarros se esse ligar somente com a chave de contato ligada o restante é só seguir o esquema. o "ground" é o negativo.

Esquema ligação farol alto e baixo com relé de 5 pinos.

                                                       Fonte: eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema ligação motor limpador para-brisa do fusca.

                                             Fonte: eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema ligação ignição eletrônica fusca e derivados VW ar com dois fios para o distrbuidor.

Fonte: eletricavwar.blogspot.com.br/


Diagrama completo fusca 77 com caixa fusíveis de 12 polos, dínamo, chave de seta e limpador conjugados



http://eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema elétrico do fusca 1976


http://eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema elétrico fusca 75 a 76





Fonte: http://eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema Elétrico Fusca 70 e 71



Fonte: http://eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema Elétrico Fusca 68 e 69


Fonte: http://eletricavwar.blogspot.com.br/

Esquema Elétrico Fusca 66


Fonte: http://eletricavwar.blogspot.com.br/

Posição dos componentes elétricos do VW ar na caixa de fusíveis



Fonte: http://eletricavwar.blogspot.com.br/search/label/Caixa%20de%20fus%C3%ADveis

Escolher um Fusca

Dicas

ESCOLHENDO UM BOM FUSCA 

Escolher um Fusca, assim como qualquer outro carro usado, não é tão fácil quanto parece.
O Fusca em especial não acompanha tabela de preços, como se diz por ai, fusca não é ano, é estado. E na prática é o que veremos. Primeiro você tem que saber o que você quer comprar: um carro original, pouco rodado, um carro mexido, um carro pra restaurar... cada caso é um caso. Como você disse que quer um carro pra uso diário, você vai prestar atenção logo de cara na mecânica.
Dê uma volta com o carro, exija um pouco dele, veja se ele responde tanto para andar quanto para parar. Veja se a direção é segura, se o carro não faz muito barulho de coisa solta. Se você não puder avaliar o estado do carro em detalhes, leve a algum mecânico de confiança. Veja a parte elétrica, se está muito mexida, com emendas de fios, fios soltos ou descascados. Veja se o chicote que vai pra parte de trás está bom, bem como, o funcionamento da chave de setas, luzes, tudo. 
Uma geral na lataria é essencial. Procure por ondulações, que podem significar massa ou amassados. Veja se as portas fecham direito, sem fazer força, e se ficam alinhadas com o resto do carro. Veja a frente, se está alinhada, com a curva do capô e a carroceria iguais. Idem para tampa do motor e saia. 
Veja embaixo, se o assoalho não está muito amassado ou ralado. Veja perto da suspensão dianteira se não tem trincas ou marcas de solda. Essas coisas indicam que o carro já foi rebaixado e sofreu maus tratos. 
Um teste para saber se existe massa na lata: arrume um imã pequeno, e vá até onde você desconfia que tenha massa e coloque o imã na lata: se ficar grudado tem muito pouca ou não tem massa. Se cair, bingo! você achou uma "pizza". Desconfie de carros recém-pintados. Você pode ter surpresas, caso alguém tenha pintado o carro em cima da ferrugem, pra vender. 
Olhe o numero do chassi, se não tem nada de estanho nele ou ao redor dele. Esse número fica no túnel do carro, ao lado da bateria, que fica embaixo do banco de trás. Quanto à documentação, nem precisa falar. Todo cuidado é pouco. 

Pontos críticos na lata do Fusca, onde enferruja mais:
  • Embaixo das portas e nas caixas de ar.
  • Nos assoalhos e emendas assoalho/túnel
  • No capô, na dobra dele onde encosta com a carroceria.
  • Caixa de estepe (quase sempre fatal)
  • Portas, na calha interna do quebra vento (costumam apodrecer até sumir).
  • Chapéu de Napoleão
  • Furos dos grampos dos frisos (é por ai que entra água e tudo começa)
Motor:
  • Ver folgas na polia do virabrequim
  • Polia do dínamo/alternador torta e com folga
  • Cabeçotes soltos
  • Vazamento de óleo na carcaça, embaixo.
  • Válvulas desreguladas
O resto no motor não é crítico. Faça um teste de compressão no motor, com o carro desligado, engate a segunda e solte os freios. O carro deve ficar parado, se andar é sinal de que vaza compressão nos cilindros, o que pode ser fácil de arrumar ou não (um mecânico pode te falar isso).
Suspensão/direção (pontos críticos):
  • Folgas nos rolamentos das rodas da frente
  • Folgas no pivô (suspensão dianteira
  • Folga excessiva na caixa de direção
  • Suspensão traseira ruim, o carro fica mais baixo em um lado do que do outro, ou a traseira muito mais baixa que a dianteira.
Com essas coisas a serem vistas, sua segurança e diversão com seu Fusca estarão garantidas. Mesmo se gostar do carro, se tiver alguma dúvida, não compre. Os reparos em um Fusca são fáceis e baratos, se comparados com outros carros. Na emergência, qualquer um consegue dar um jeitinho e ir pra casa.

ESCOLHENDO UM BOM FUSCA - 

Bom, os fuscas pré-1970 estão valorizando a cada dia. Eu recomendo procurar bastante e ter o mínimo de pressa possível. Procure comprar de particulares e de preferência um que não tenha descaracterização grave (como furos pela lataria, etc..). Eu também acho bom procurar por carros que já tenham os itens raros originais, como bancos, volantes, espelhos, setas, borrachas dos vidros, vidros, pára-choques, etc.. Mesmo que o estofamento esteja meio ruinzinho é melhor recuperar um original que tentar encontrar um inteiro! Motor e suspensão, qualquer mecânico faz e materiais ainda não faltam. Funilaria é bom fazer uma inspeção minuciosa antes da compra para não ter surpresas desagradáveis. 
Você encontra fuscas em bom estado para recuperar por preços que variam entre R$ 3500,00 a R$ 5000,00, claro que o investimento nos primeiros deve ser maior. Eu vi um, semanas atrás por R$ 3800,00 que estava no ponto para recuperação. A pintura estava gasta, mas era original e não tinha ferrugens e o motor estava meio cansado. Um colecionador já levou! Às vezes aparecem fuscas por menos de R$ 3000,00, já vi bons por R$ 2500,00. É ficar atento e como disse, sem pressa. 
Agora para deixá-lo original e funcionando redondo você pode gastar até uns R$ 3000,00 se tiver que fazer funilaria (nada muito sério), motor e suspensão. Eu recomendo fazer motor primeiro, funilaria e depois a suspensão, mas isso é gosto pessoal. Também é bom pagar uma etapa antes de passar para a próxima para evitar apertados financeiros! 


Dicas que valem para qualquer compra de item de coleção: 

1. Deixe o maior numero possível de amigos sabendo que você está afim de um fusca antigo. Um desses amigos pode encontrar sua raridade. 

2. Em geral, não deixe o vendedor saber que você é um colecionador, porque senão o preço inflaciona e o interesse da venda diminui. Mas no caso de uma pergunta objetiva, não minta. Apenas não chegue falando "Sou colecionador de fuscas e o senhor tem uma raridade...", às vezes alguns vendedores particulares ficam felizes em saber que seus carros farão parte de uma coleção.

3. Não deprecie o produto, mas também não valorize mais do que deve. Seja sincero quanto às vantagens e desvantagens do produto. Se tiver coisas a fazer, mostre e negocie o valor. Algumas pessoas acham que desvalorizando o produto você vai fazer melhor negocio. Isso pode até funcionar em caso de lavadoura-de-roupas, mas em caso de fuscas, isso não se mostra nada pratico. Quem está vendendo (em se tratando de particulares) tem um carinho pelo fusca, tem historias nele e quer que alguém que cuide bem dele o leve. Então se possível, ouça as historias do carro e prometa cuidar bem dele - A propósito a maior parte das historias valem a pena ser ouvidas!

4. Quase 90% das pessoas que estão vendendo alguma coisa, colocam o valor acima do realmente esperado, então tente descobrir este valor e faça contra-ofertas. Eu em geral procuro não baixar o preço e esticar o prazo. Isso em geral faz o preço cair naturalmente (Ao invés de pagar R$ 3000,00 a vista, ofereço 2x R$ 1500,00 em geral à contra-oferta é de R$ 2500 a vista)

5. Se for comprar em estacionamento, vale lembrar que você compra um carro a cada 3 ou 4 anos, mas o vendedor vende carros todos os dias. Então todo cuidado é pouco. Neste caso é importante não dizer que você é colecionador mesmo sob tortura e não se mostre muito empolgado com o produto - Senão a pressão para você comprar pelo maior preço aumenta significativamente (em geral as historias de que você quer comprar um carrinho barato para sua filha/irmã/esposa colam que é uma beleza). Leve para avaliação mecânica e de funilaria rigorosa e é bom ver a documentação com cuidado também.

6. Não tenha pressa. Pense bastante, avalie bastante que o fusca vem!

7. Cuidado para carros que tiveram as borrachas trocadas recentemente porque estão colocando a borracha do modelo Itamar que não tem moldura de alumínio e fica uma aberração.

8. Lembre-se que um fusca que custou R$ 3000,00 e você gastou R$ 3000,00 para recuperá-lo nunca vai custar R$ 6000,00. Não pense em revenda. Apesar de ocorrer, não tenha isso como objetivo senão você pira!

9. Importantíssimo: Verifique se o motor é mesmo o de fabrica (numeração). Pelo que me consta se a numeração do motor não bater com o do chassi é esquecer a placa preta para sempre (alguém confirme ou não essa informação).


COLECIONAR?
28 de Julho de 2004 - Um mundo de coisas, sem limites tampouco fronteiras, do saco plástico de supermercado até Rolls-Royce... Um exemplo deste mundo são os colecionadores de automóveis antigos, eu sou um deles. Talvez um tipo particular, pois não tenho dezenas de carros e talvez, por isto mesmo, eu me denominar colecionador seja um tipo de licença poética. 
Há poesia no ato de colecionar? Talvez, mas o que leva alguém a se tornar um colecionador é algo intrigante que tem um sem número de possíveis causas. Até psicólogos debatem sobre os motivadores que induzem ao ato de colecionar. Vistos "do lado de fora" os colecionadores podem até ser classificados de verdadeiros malucos. Pessoas que se entregam ao ato de colecionar de uma maneira inexplicável para quem não foi infeccionado por este "mal", que, ao que tudo indica, também é contagioso. 
Do lado de dentro, no íntimo de um colecionador há um turbilhão de emoções bastante capazes para atos de bravura e de loucura.
Quando eu estava procurando peças para uma reforma em meu Fusca, que ainda não tinha data para começar ocorreu um fato que pode exemplificar este estado de espírito. Depois deste relato quem sabe vocês poderão chegar a uma conclusão própria. 

A busca era por uma peça do sistema de torneira de reserva de gasolina do Fusca 1955, que não tem marcador de combustível. A torneira, quando deixada na posição correta reserva cinco litros de combustível que, via de regra, permitem chegar até um posto de gasolina próximo. Avisei em casa que ia até a avenida do Cursinho - no bairro do Ipiranga, em São Paulo-, e isto despertou a curiosidade de minha esposa. Era sábado pela manhã e ela se prontificou a me acompanhar. 

Expliquei que não seria um passeio necessariamente agradável, mas os meus avisos não foram suficientes para demovê-la.
Lá fomos nós, a procura levou quatro horas, no final das quais ela disse: "Eu confesso não ter explicação para o que presenciei. Você contou a mesma história mais de trinta vezes. 

Agüentou gozação, gente dizendo que tinha a peça, mas não venderia para você, ouvindo histórias de pessoas que não se conformam por ter vendido seus Fuscas. Você só descansou quando uma boa alma decidiu vender a peça, que, aliás, ficará escondida em baixo do carro e só você irá saber que ela está lá. Eu não posso definir qual é o motivador que leva uma pessoa como você, com a sua formação e vivência a este tipo de atitude". 
Aí surgem as possíveis explicações. Talvez seja a vontade de ter algo que seja o mais perfeito possível, o mais próximo do original, o mais... Será que a razão é a busca do tal de "o mais"? Isto parece um caso agudo de perfeccionismo mórbido. 
Bem, mas o meu carro já faz parte da família, está conosco desde 1970, apesar de ter sido fabricado em 1955. Já é um caso de amor, será? Gostar de um carro é uma coisa saudável? E os colecionadores que gostam de sua coleção de "saquinhos de enjôo de aviões", são igualmente sãos?
Acho que está surgindo mais um fator: ao lado do perfeccionismo pode existir uma leve e gostosa mania. Dizem que mania é coisa de gente que tem um parafuso solto. Acho bom não voltar a falar de parafuso, que aquele deu um trabalhão para encontrar. 
Na enorme tribo dos colecionadores existem os do tipo "enrustido" que colecionam para si e de uma maneira egoísta não dividem a sua coleção com ninguém. São do tipo introspectivo. Por outro lado existem outros que colecionam para se diferenciar dos demais. Mostram o que têm e fazem questão de ter objetos absolutamente impecáveis, ou, ao menos, melhores do que os de sua "concorrência". 
Acho que os pacientes do que sofrem do desafiador mal da coleção devem ser analisados caso a caso, pois esta fauna é muito diversificada e existem aves raras de todos os tipos. 
O importante nisto tudo é que graças a estes malucos-beleza estamos mantendo vários objetos que são importantes para a preservação de nossa história e que suprem, no caso de nosso querido Brasil, a falta de museus e de entidades que se dediquem, de uma maneira organizada, ao preservacionismo. Neste contexto, eu lembro que não há nem em São Bernardo do Campo, a pátria do carro brasileiro, tampouco em São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, um museu público do Automóvel. 
Lembro-me da romântica iniciativa da qual participei ativamente, quando colecionadores de São Paulo descobriram o Tendal da Lapa, então abandonado, e fizeram um mutirão para limpá-lo com vistas a fundar o Museu do Automóvel de São Paulo. O então prefeito Jânio Quadros estava favorável à idéia, mas seu mandato estava por terminar e sua sucessora Luiza Erundina, então PT, nos enxotou de lá sem mais nem menos... 
É por isto mesmo que eu digo, talvez sem a necessária isenção, mas com muita convicção: "Salve os colecionadores e suas manias! Salve as horas de estudos e pesquisas. Salve os investimentos que às vezes parecem injustificados, mas que permitem que as metas sejam atingidas!"
Exorto a você para que, mesmo não entendendo os motivos de um colecionador, ajude a este pessoal quando puder, pois assim certamente todos estaremos preservando algo para o futuro. 
(Gazeta Mercantil/Carro - Pág. 4) (Alexander Gromow - Alexander Gromow é escritor dos livros da série Eu Amo Fusca, engenheiro eletrotécnico, consultor e historiador).

fonte: http://fusket.blogspot.com.b

Evolução do VW


Evolução do VW-Fusca nas pistas Brasileiras


As primeiras aparições do VW-Fusca nas pistas Brasileiras correndo com competitividade frente aos possantes carros da época se deu no ano de 1956.

Veja matéria completa no Blog Histórias que vivemos do meu grande amigo Rui Amaral clicando no link abaixo:


De onde vem o nome FUSCA?


O Fusca, é uma criação germânica da época do nazismo. No período pré segunda Guerra Mundial o país da cerveja era assolado por uma grande depressão financeira. Era preciso um carro simples, barato e eficiente. Neste contesto, o próprio führer alemão pediu a um jovem engenheiro, Ferdinand Porsche (sim, é o pai da marca de carros esportivos) que projetasse o “Carro do Povo”, ou em alemão, o “Volkswagen”.

Daí nasceu o rei de vendas pelo mundo. Mas, como Volkswagen virou Fusca? Foi coisa dos brasileiros. Explico, o primeiro Volkswagen a chegar nas terras de Cabral data de 1959. O projeto teve pouquissimas modificações do desenho elaborado por Porsche, vinte anos antes.

Assim como em outras partes do mundo, o nosso Fusqueta foi lançado aqui como Volkswagen. Porém, logo caiu nas graças dos brasileiros e ganhou apelidos. Fusca é uma corruptela da palavra Volkswagen.

É que o V em alemão tem som de “fau” e o W é “vê”. Ao abreviar a palavra Volkswagen para VW, os alemães falavam “fauvê”. Logo que o Fusca foi lançado na Alemanha, ficou comum a frase “Isto é um VW” (”Das ist ein VW”). A abreviação alemã “fauvê” logo se transformou em “fulque” e depois em “fulca”.

Até, que no Brasil, virou FUSCA. Verdade ou não, pelo menos é assim que a história é contada. (Pesquisa: Fusca Clube do Brasil, Correio Brasiliense e Wikipédia).

50 anos do Fusca no Brasil

Há cinquenta anos, um grupo de pioneiros fabricou o primeiro “Volkswagen de Passageiros” nacional.
Uma história sem um registro claro, ofuscada pela posterior inauguração da fábrica, envolta em mitos e que merece ser lembrada por todos...


Olhar para 50 anos atrás não é uma tarefa simples, principalmente quando praticamente não restaram registros fidedignos de detalhes, somente um relato básico da seqüência dos acontecimentos. Mas este é o desafio diuturno de quem procura resgatar fatos históricos. Uma das coisas que é imprescindível é olhar para o passado com os olhos e o sentimento da época. De nada vale pensar em condições atuais, com fábricas amplamente automatizadas, limpas e providas de toda a infra-estrutura necessária, para avaliar o que ocorreu na incipiente “fábrica” da Volkswagen do Brasil no fim da década de 50.

Fazendo uma linha de tempo, lembramos que a Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, o que era para ser a fábrica do Volkswagen de Passageiros (naquele tempo o apelido Käfer na Alemanha, muito menos o apelido Fusca no Brasil, haviam sido criados) se resumia a escombros fumegantes depois de prolongados ataques aéreos que só pouparam, cirurgicamente, a usina térmica do complexo industrial. Somente seis anos depois do fim da guerra, em 1951, a Brasmotor já montava Sedans a partir de CKD’s. Oito anos depois do fim da guerra, em 1953 a Volkswagen se estabelecia como empresa no Brasil, ainda trabalhando com CKD’s, inicialmente num galpão alugado na Rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga, em São Paulo Capital. Três anos depois, 1956, começa a construção da fábrica na Anchieta em São Bernardo do Campo, um ano depois, em setembro, sai o primeiro veículo Volkswagen nacional, uma perua Kombi. E somente 14 anos depois do fim da guerra saiu o primeiro Volkswagen de Passageiros nacional, em 3de janeiro de 1959. Algo realmente admirável para uma empresa totalmente destruída e que contou com a ajuda da Força de Ocupação Inglesa e de recursos carreados pelo Plano Marshall para seu soerguimento. A partir deste ponto vamos deixar um pouco o rigor histórico de lado e passaremos a nos referir ao “Volkswagen de Passageiros” como “Fusca”.


A fábrica no início de sua construção já em 1956 tinha uma ala “em condições” que permitiram a transferência da linha de montagem da Rua do Manifesto para a Anchieta, mas, na realidade estas “condições” eram muito precárias. Relatos de pioneiros da época do início da fabricação de Fuscas nacionais reportam que, por exemplo, os escritórios sofriam muito em dias de chuva devido ao barro do canteiro de obras; em dias secos o flagelo era o pó e, pior ainda, todo o ambiente era infestado por ratos e ratazanas, tornando o trabalho bastante penoso.

Ainda não foi possível encontrar uma foto do primeiro Fusca fabricado na linha de montagem, semelhante àquela da Kombi 00001 – fica lançado o repto para a procura deste documento histórico. Foi feita uma pesquisa na Volkswagen do Brasil e ai se verificou que, infelizmente se veicula há muito tempo fotos de carros com vigias traseiras ovais (que foram fabricados até 1958) como sendo carros 1959. Este é um dos mitos errados propalados pela própria montadora em livros e publicações internas e externas, mas está em tempo de reconduzir os fatos a suas origens corretas.

Nosso primeiro Fusca nacional já saiu com a vigia traseira retangular marcando uma das mudanças importantes no visual do carro, que de duas janelinhas até 53 primeira série passou para oval na segunda série deste ano, vigia esta que durou até 1958; a vigia retangular permaneceu, mas foi aumentando em área com o tempo.


Foi feito contato com o Museu da Volkswagen na Alemanha (Dr. Ulrike Gutzmann - Historische Kommunikation - Volkswagen Aktiengesellschaft), igualmente sem sucesso. Por lá não há material sobre o primeiro Fusca brasileiro.

Ocorre que todo o esforço de marketing foi concentrado pela Volkswagen do Brasil para a inauguração da Fábrica que ocorreu no dia 18 de novembro de 1959 (talvez assunto para outro artigo). Deste evento há fotos e registros, mas o mesmo ofuscou o registro histórico da fabricação do primeiro carro, ocorrido meses antes.

Adiante foi encontrada na edição de 24 de janeiro de 1959 deste jornal uma nota que fala sobre a então insipiente produção do Fusca Nacional, somente 20 carros por dia. A ampliação desta quantidade dependia do término de construção de outras alas da fábrica.

Mas o fato histórico ora pesquisado ocorreu no dia 3 de janeiro de 1959: ficou pronto o primeiro “Volkswagen de Passageiros” fabricado com um grau da nacionalização de 54%. Seis dias depois este carro era vendido pela concessionária Marcas Famosas, que junto à Brasilwagen, Cibramar, Bruno Tress e Sabrico fazia parte do grupo de revendedores autorizados Volkswagen (ainda não se falava de Concessionárias) na capital de São Paulo.


Esta relação fazia parte de um anúncio veiculado na página 2 da seção Assuntos Gerais da Folha da Manhã em sua edição de 7 de janeiro de 1959. O mote deste anúncio era: “Hoje nas estradas do Brasil VOLKSWAGEN BRASILEIRO”. Este carro foi vendido ao senhor Eduardo Andrea Matarazzo. O encontro deste anúncio foi o que resultou da pesquisa feita junto ao Banco de Dados do Grupo Folha.

Realmente o início da fabricação do Fusca nacional foi tudo menos algo glamuroso, foi na verdade uma tarefa de heróis anônimos, enfrentando dificuldades inimagináveis nos dias de hoje, sem esmorecer, abrindo o caminho para uma gloriosa trajetória de um carro que afirmo, ainda é necessário para países do terceiro e quarto mundo.

Em recente notícia divulgada pela imprensa de São Paulo a venda de Fuscas, obviamente usados, ultrapassou a venda de carros novos! Segundo notícia recente veiculada pela imprensa em 9 de dezembro de 2008: por incrível que pareça, o VW Fusca foi o sexto modelo mais vendido do ranking dos carros usados emplacados em novembro (que inclui veículos com até 30 anos de uso), divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), com um total de 15.894 unidades.

Transpondo esta situação para rincões distantes deste gigantesco país continente, onde as estradas ainda são precárias e um carro confiável, robusto e de manutenção simples e conhecida é uma necessidade, vemos como o Fusca ainda é vital para muitos usuários que fazem de tudo para mantê-lo andando. Há casos em que o uso do Fusca é levado até a extremos, como foi flagrado em Barcelos que fica no Rio Negro no coração da Amazônia. Lá existia um único carro que um dia foi um Fusca, e mesmo com a falta de peças, serviu à comunidade por muitos anos!

Acho que a trajetória que se seguiu anos a fio, durante a qual o Fusca trouxe felicidade e progresso para milhões de Brasileiros, pois foram produzidos mais de três milhões de carros no Brasil, é muito bem retratada numa propaganda cujo mote é: “Qual é a posição social do dono deste carro? (e uma foto mostra um Fusca)” segue-se um texto que é uma obra prima:

O tempo em sua desabalada carreira leva as pessoas inevitavelmente ao esquecimento, mormente nos dias de hoje quando o tempo parece encurtar-se ante à avalanche de tarefas que caem sobre nossos ombros. Ai é que se torna importante dar uma parada de vez em quando para lembrar de fatos importantes que marcaram nossas vidas e o progresso de nosso país. O início da fabricação do Fusca nacional foi um destes fatos que este artigo tem como objetivo lembrar e preservar para o futuro.

Alexander Gromow - Ex-Presidente do Fusca Clube do Brasil. Autor do livro EU AMO FUSCA e compilador do livro EU AMO FUSCA II. Autor de artigos sobre o assunto publicados em boletins de clubes e na imprensa nacional e internacional. Participou do lançamento do Dia Nacional do Fusca e apresentou o projeto que motivou a aprovação do Dia Municipal do Fusca em São Paulo. Lançou o Dia Mundial do Fusca em Bad Camberg, na Alemanha. Historiador amador reconhecido a nível mundial e ativista de movimentos que visam à preservação do Fusca e de carros antigos em geral. Participou de vários programas de TV e rádio sobre o assunto.
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Datas comemorativas do FUSCA:


20 de Janeiro
Dia NACIONAL do Fusca

No dia 20 de janeiro,
 comemora-se o Dia Nacional do Fusca. Com mais de 70 anos de idade, este “vovô” é um dos carros mais queridos da história do automobilismo. Se vovô Fusca falasse, por certo não deixaria de contar que foi o único automóvel a voltar para a linha de produção por um pedido de um Presidente da República, no caso, Itamar Franco, em 1993.

22 de Junho
Dia MUNDIAL do Fusca (criado na Alemanha desde 1995 na cidade de Bad Camberg.

O dia 22 de junho de 1934
, foi a data em que Ferdinand Porsche assinou o contrato com a RDA para industrializar o Volkswagen, que era chamado de KDF-Wagen (carro da força através da alegria). ** Esta data foi criada pelos Srs. Alexander Gromow (Brasil), Heinz W. Lottermann (Alemanha, falecido 2002), Bernd Wiersch (Alemanha).

História do Fusca


1937

O Volkswagen Sedan, conhecido popularmente no Brasil como Fusca, existe há cerca de 60 anos, e desde sua invenção, o carrinho vem apaixonando pessoas em todos os cantos do mundo. O Fusca, Beetle, Bug, Escarabajo, Coccinelle – entre tantos outros nomes – teve sua origem na Alemanha nazista de Adolf Hitler, que desejava que todos os alemães possuíssem um veículo que pudesse transportar quatro pessoas e sua bagagem, que alcançasse uma velocidade contínua de 100 quilômetros por hora e que fosse acessível ao bolso do povo. Era o início de um desenvolvimento social e industrial.

Foi então que o governo alemão contatou o engenheiro Ferdinand Porsche, que também sonhava com um veículo que fosse acessível à massa. Porsche teve bastante liberdade para construir os protótipos. Seu projeto teve origem no início da década de 1930 e foi desenvolvido pelo engenheiro em sua própria garagem, em Stuttgart, na Alemanha, onde ainda hoje é a sede da Porsche. A proposta inicial previa motor de apenas dois cilindros, refrigerado a ar, que acabou não aprovado. Optou-se então pelo motor traseiro de quatro cilindros, contraposto dois a dois (chamado de boxer), também refrigerado a ar. A resistente suspensão, por barras de torção, reforçava a idéia de criar um carro econômico, resistente, barato e popular.

O Fusca ficou pronto e disponível para testes somente em 1935, ainda de forma artesanal. Somente em maio de 1938 foi aprovada a construção de uma fábrica em Fallersleben região entre o rio Reno e o mar Báltico –, onde iniciaria, finalmente, a produção do carrinho. O modelo inicial era muito simples, sem janela ou luzes traseiras e com portas que abriam ao contrário do modelo dos carros atuais. Mas com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o carro não chega a ser fabricado e a nova fábrica estréia produzindo veículos militares, com destaque para o Kubelwagen (tipo de camburão, que teve 55 mil unidades produzidas) e para os Schwimmwagen (carro anfíbio, com 15 mil unidades). A produção de veículos de guerra chegou a 100 mil unidades.

No final da guerra, em 1944, a fábrica em Fallersleben ficou quase completamente destruída pelos bombardeios. Neste momento, o major inglês Ivan Hirst retomou a produção dos Fuscas, os primeiros do período pós-guerra. O carro retomou seu propósito desenvolvimentista, sendo utilizado para serviços essenciais como atendimento médico. Mas o fusquinha não recebia muita confiança dos ingleses, franceses, soviéticos e norte-americanos, que não acreditavam no projeto. Sem outra alternativa, o governo alemão retomou o controle da fábrica com o nome de Heinz Nordhoff no comando.

Nordhoff desenvolveu muitas mudanças no projeto do carro para que o Fusca se tornasse um automóvel com ares de grande produção. Logo depois, em 1945, já eram fabricadas 25 mil unidades anuais. Em 1948, o primeiro modelo conversível. Assim, o Fusca contribuiu com o desenvolvimento da Alemanha pós-guerra, já que a fábrica da Volkswagen auxiliou na recuperação econômica do país, tornando os alemães os maiores exportadores de veículos da época.

A Holanda foi o primeiro país a se apaixonar pelo Fusca, onde o carro ficou ainda mais popular. As primeiras exportações para os Estados Unidos ocorreram em 1949, mas o veículo só fez sucesso em terras americanas em meados dos anos 1950. Em 1953, várias melhorias foram adaptadas ao veículo como diminuição do ruído do motor, aperfeiçoamento nos freios e quebra-vento. No dia 23 de março de 1953, a Volkswagen inaugurou sua primeira filial no Brasil.

Em 1954, a produção do Fusca chega a 200 mil unidades, sendo 6 mil só para os Estados Unidos. A confecção do Fusca é ampliada também com a inauguração de uma fábrica na Austrália. Em 1956, os EUA já compravam 50 mil Fusquinhas, mas foi em 1956, com ocorreu uma explosão de interesse dos americanos, quando a fila de espera para conseguir um Fusca chegava a cerca de 6 meses. A partir daí, as vendas do carrinho, apelidado de Beetle pelos americanos, passou a crescer cada vez mais.

Ao longo destes 60 anos de vida, o fusca tradicional teve muitas alterações, mas manteve o mesmo visual básico. Do pequeno motor até o atual, sua mecânica passou por inúmeras modificações, mas o seu conceito básico permaneceu o mesmo. O Fusca – ou Volkswagen Sedan – foi o primeiro modelo fabricado pela companhia alemã Volkswagen e foi o carro mais vendido no mundo, ultrapassando, em 1972, o recorde do Ford T, outro fenômeno. O último modelo do Fusca foi produzido no México em 2003.


O Fusca no Brasil


O primeiro Volkswagen brasileiro foi lançado em 1959, obedecendo, com poucas modificações, ao projeto de Ferdinand Porsche, lançado na Alemanha vinte anos antes. Mas a história do Fusca no Brasil iniciou quase uma década antes, quando, em 1950, o primeiro lote de Fuscas desembarcou no Brasil. As 30 unidades que chegaram ao porto de Santos foram rapidamente vendidas.


Com peças da Alemanha, inclusive o motor de 1.200 centímetros cúbicos (cc), o Fusca começou a ser montado em um pequeno armazém na zona sudeste de São Paulo, em 1953. Em 1959, quando a fábrica foi inaugurada oficialmente, a Volkswagen brasileira fechou o ano com 8.406 unidades vendidas. Logo depois, em 1962, o Fusca tornou-se líder no Brasil, com 31.014 veículos vendidos, e em 1970, o veículo brasileiro foi exportado para a Bolívia. A Volkswagen do Brasil atingiu a produção de um milhão de Fuscas em 1972 e em 1974 alcançou a marca de 237.323 unidades no ano, número que nunca foi superado.

Em 1986, quando o Fusca ganhou bancos reclináveis com apoio de cabeça e janelas laterais traseiras basculantes, a Volkswagen tirou o carro de linha por causa da queda nas vendas. Isso estava ocorrendo desde 1980 porque a chegada de carros mais modernos diminuíram o interesse do brasileiro pelo Fusca. Mas em setembro de 1993, a Volkswagen retomou a produção do carro por pedido do então presidente Itamar Franco. O problema ocorreu com as vendas, que ficaram abaixo da expectativa e o preço do carro caiu cerca de US$1.000,00, acarretando novamente na parada de produção do Fusca, em 1996. No mesmo ano, foi instituído oficialmente o dia do Fusca (20 de janeiro). O México passou a ser o único país a produzir o carro, o que durou até 2003.

fonte: http://fusket.blogspot.com.br/